Ex-presidente Dilma vota com tumulto na Zona Sul de Porto Alegre

Dilma recebe flores antes de votar em Porto Alegre (Foto: Daniel Favero/G1 )

02/10/2016

Brigada Militar impediu entrada de imprensa e eleitores na hora do voto.
Ex-presidente foi recebida por apoiadores e ganhou flores.

A ex-presidente Dilma Rousseff votou em Porto Alegre na tarde deste domingo (2) na Escola Santos Dumont, na Vila Assunção, Zona Sul. Na chegada dela ao local, pouco depois das 13h, houve um tumulto, controlado pouco tempo depois. 

O candidato a prefeito da capital pelo PT, Raul Pont, a acompanhou, assim como o ex-ministro Miguel Rosseto e o deputado federal Henrique Fontana.

Tumulto marca votação de Dilma em Porto Alegre (Foto: Daniel Favero/G1 )

Desde cedo, apoiadores de Dilma começaram a se reunir em frente à escola. Viaturas da Brigada Militar foram até o local para reforçar a segurança. Quando a ex-presidente chegou, a multidão a cercou. Simpatizantes fizeram selfies e entregaram flores para ela. Alguns militantes gritavam: "Fora, Temer" e "Dilma guerreira".

Juiz eleitoral Niwton Carpes fala sobre a confusão 
(Foto: Daniel Favero/G1)

Antes de entrar na escola, Dilma disse que essa eleição "vai surpreender", e recebeu flores de uma militante que estava em frente ao local.

Em meio à aglomeração de pessoas, um princípio de tumulto se armou. A imprensa não foi liberada para entrar na escola e acompanhar a votação. Alguns eleitores também acabaram barrados, e um empurra-empurra começou. Um vidro da janela da entrada foi quebrado.

Dilma votou no começo da tarde em Porto Alegre
(Foto: Ademir Medeiros/Arquivo Pessoal)

No momento da confusão, Miguel Rossetto tentou dialogar com policiais, e reclamou da ação. "Foi um absurdo, um escândalo, empurram várias pessoas", relatou.

"A ordem era minha, impedindo o acesso, estava havendo um movimento político aqui, que é incompatível com o livre acesso, com a liberdade do voto e não vamos tolelar isso. Por isso que fizemos essa barragem aqui na entrada do colégio, para evitar o tumulto maior. Inclusive quebraram a porta do colégio, imagina se tivessem entrado?", argumentou o juiz eleitoral Niwton Carpes da Silva, que tomou a decisão de impedir a entrada na hora da votação de Dilma.

De acordo com o juiz, Dilma votaria como qualquer outro cidadão, e por isso a imprensa não poderia acompanhar o momento em que ela registrava o seu voto.

Indagada sobre a justificativa do juiz eleitoral Dilma afirmou: “olha minha querida, que eu sou uma cidadã comum, sou com muito orgulho, tem que ter orgulho de ser cidadão ou cidadã neste país".

Mais cedo, Dilma andou de bicicleta, como de costume. No começo de setembro, após o impeachment, a ex-presidente passou a morar em Porto Alegre, onde vive parte da família dela.

Ex-presidente com as flores que ganhou de simpatizantes 
(Foto: Itamar Aguiar/Agência Free Lancer/Estadão Conteúdo)
Segurança foi reforçada no local de votação de Dilma Rousseff (Foto: Daniel Favero/G1)

Fonte: G1

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