16/03/2016
O senador Delcídio do Amaral
Pedro Ladeira/Folhapress
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Na Justiça Federal do Paraná, que julga os outros réus da Lava Jato em primeira instância, já foram feitos 49 acordos de delação premiada. Desses, 40 são públicos e nove estão sob sigilo. Os nomes do doleiro Carlos Alexandre Rocha (Ceará) e de Delcídio não constam na lista de acordos públicos enviados pela Procuradoria da República do Estado ao UOL.
Delações da Lava Jato homologadas
Paulo Roberto Costa - ex-diretor da Petrobras
O primeiro acordo de delação premiada da Lava Jato foi fechado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ele fez o acerto com a Justiça do Paraná em agosto de 2014. Indicado pelo PP à diretoria da empresa, Costa acabou citando políticos do partido. Isso fez com que o STF homologasse a delação em setembro de 2014. Ao todo, foram 80 depoimentos e 22 declarações com acusações.
O primeiro acordo de delação premiada da Lava Jato foi fechado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ele fez o acerto com a Justiça do Paraná em agosto de 2014. Indicado pelo PP à diretoria da empresa, Costa acabou citando políticos do partido. Isso fez com que o STF homologasse a delação em setembro de 2014. Ao todo, foram 80 depoimentos e 22 declarações com acusações.
Alberto Youssef - doleiro
Em setembro de 2014, o doleiro Alberto Youssef fechou o acordo de delação premiada enquanto estava preso na sede da PF, em Curitiba. Nos depoimentos, ele explicou como funcionava o esquema de corrupção na Petrobras e citou nomes como o do ex-ministro José Dirceu, o do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e os de outros políticos. A delação rendeu a Youssef uma redução de pena: de 82 anos para três anos de prisão.
Delcídio do Amaral - senador pelo PT-MS
Delcídio é o primeiro político que aparece na lista de colaborações premiadas homologadas pelo STF. O acordo prevê 15 anos como o máximo de pena que ele pode cumprir e permite que ele exerça o mandato de senador. Na delação, ele acusou a presidente Dilma e José Eduardo Cardozo (então ministro da Justiça) de tentarem interferir em decisões da Lava Jato. Lula também foi citado. Todos negaram as acusações.
O primeiro acordo de delação premiada após a divulgação da lista de inquéritos que serão julgados no STF foi com o dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa. O executivo falou de doações às campanhas de Dilma Rousseff à Presidência em 2010 e em 2014 e de repasses a políticos como o senador Fernando Collor (PTB-AL). Pessoa fez a delação em maio de 2015. Ela foi homologada em junho do ano passado.
Reginaldo Teixeira/Veja |
Fernando Baiano - operador financeiro
Apontado como operador financeiro do PMDB dentro da Petrobras, Fernando Antonio Soares (conhecido como Fernando Baiano) fechou acordo com a Justiça paranaense em setembro de 2015. Em seus depoimentos, o lobista citou os nomes de Delcídio do Amaral e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Condenado a 16 anos, Baiano foi para o regime semiaberto após a delação, que foi homologada em novembro de 2015.
Alexandre Romano - ex-vereador
O ex-vereador do PT Alexandre Romano, conhecido como Chambinho, ligou Luis Gushiken (morto em 2013), ex-ministro de Comunicação do governo Lula, ao advogado Guilherme Gonçalves, jurídico na área eleitoral da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), dizendo que ele teria recebido 9% de propina da empresa Consist Software, no contrato de empréstimos consignados do Ministério do Planejamento. A senadora diz que registrou o serviço em sua prestação de contas à Justiça Eleitoral e nega que tenha havido irregularidades.
Ex-diretores da Petrobras
Já fizeram delações premiadas Pedro Barusco (ex-gerente-executivo de Serviços e Engenharia), Hamylton Pinheiro Padilha Júnior (executivo que atuou pontualmente como operador da Área Internacional), Eduardo Costa Vaz Musa (ex-gerente da Área Internacional) e Nestor Cerveró (ex-diretor da Área Internacional, na foto), além de Agosthilde Monaco de Carvalho (assistente de Cerveró).
Carlos Alexandre Rocha (Ceará) - trabalhava para Youssef
Em junho de 2015, Carlos Alexandre Rocha (conhecido como Ceará) fechou um acordo de colaboração premiada com a Justiça no Paraná. Nos depoimentos, ele citou o nome de Aécio Neves (PSDB-MG). À época, Ceará disse que um diretor da UTC teria mandado R$ 300 mil ao senador. Em dezembro, a delação foi homologada. Mas, por falta de provas, o ministro do STF Teori Zavascki mandou arquivar o processo contra Aécio em fevereiro deste ano.
Nomes ligados a empreiteiras
Empresários também já fizeram delações. Entre eles, estão Júlio Gerin de Almeida Camargo e Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, ambos da Toyo Setal; Shinko Nakandakari, da Galvão Engenharia, além de seus filhos Luis Fernando e Juliana Sendai Nakandakari; Eduardo Hermelino Leite e Dalton dos Santos Avancini, ambos da Camargo Corrêa; Milton Pascowitch (foto) e José Adolfo Pascowitch, da Engevix; Victor Sergio Colavitti, da Link; João Carlos de Medeiros Ferraz, da Sete Brasil, Ricardo Pernambuco e seu filho Ricardo Pernambuco Junior, da Carioca; João Antônio Bernardi Filho, da Hayley; Salim Taufic Schahin, da empresa Schahin; e Luis Eduardo Campos Barbosa da Silva, da Oildrive.
Pedro Ladeira/Folhapress |
Nomes ligados a Alberto Youssef
Outros que fizeram acordo foram Luccas Pace Júnior (na foto à dir.), operador de câmbio de Nelma Kodama, doleira ligada a Youssef); Rafael Ângulo Lopez, funcionário de Youssef; João Procópio Junqueira Pacheco de Almeida Prado, operador de contas de Youssef no exterior, e Maria Cristina Mazzei de Almeida Prado, mulher de Procópio.
Família de Paulo Roberto Costa
Também já fizeram delações as filhas de Costa, Shanni e Arianna Azevedo Costa Bachmann, a mulher, Marici, e os genros Márcio Lewkowicz e Humberto Sampaio de Mesquita.
Operadores financeiros
Também se tornaram delatores Rodrigo Morales, Roberto Trombeta, Mário Frederico de Mendonça Góes e Fernando Antonio Guimarães Hourneaux de Moura.
Fonte: UOL
Fonte: UOL
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